CURIOSIDADES SOBRE OS ALIMENTOS

Malagueta ou piripiri

Um dos muitos frutos americanos espalhados pelo mundo depois de Colombo, as malaguetas formam parte da dieta humana na América desde pelo menos 7500 a.c. Cristovão Colombo foi um dos primeiros europeus a encontrá-las no Caribe.
Quando consumidos, os capsaicinoides unem-se aos receptores da dôr existentes na boca e garganta que são os responsáveis por sentirmos calor. Uma vez activos, estes  receptores enviam ao cérebro a mensagem de que estamos a consumir algo quente e este, respondendo a esta sensação, eleva o ritmo cardíaco fazendo com que libertemos suor e endorfinas. Tem propriedades estimulantes e antisépticas e quando aplicado externamente na pele, beneficia a circulação sanguínea. Nas zonas tropicais adiciona-se às comidas para evitar infecções gastrointestinais. Provavelmente graças ao seu efeito estimulante e acelerador do ritmo circulatório. É-lhe também atribuído o efeito afrodisíaco, ainda que este não esteja provado. Os picantes, sobretudo os vermelhos, contêm grandes quantidades de vitamina C e caroteno (provitamina A). Além disso, são uma boa fonte de vitaminas do complexo B, especialmente de B6. São também ricos em potássio, magnésio e ferro. O seu alto teor de vitamina C aumenta a absorção do ferro existente noutros ingredientes tais como as leguminosas e os cereais. Diz-se também que os picantes estimulam simultaneamente a sensação de dôr na boca e a de prazer no cérebro.
Mesmo que  nem toda a gente seja amante dos picantes, pois o gosto pelas malaguetas depende também do hábito que o nosso corpo tem de o consumir e degustar, há culturas que o integram completamente na sua gastronomia, enquanto que outras simplesmente não o usam. Mas provavelmente a sua propriedade mais importante é a sua capacidade de nos converter em seguidores incondicionais a partir do momento em que o começamos a desfrutar.

A pizza
O pão grande e redondo, a base de farinha de trigo, água e fermento, e levado ao forno, era de uso extensivo na zona mediterrânica. Mas foi em Napoles no sec. XVII que se desenvolveu a pizza moderna: um disco de massa fina com azeite, tomate e queijo mozzarella por cima. Sobre esta base, a pizza marguerita, desenvolveram-se inúmeras variações ao agregar-se-lhe diversos ingredientes. A massa deve levedar durante várias horas. É graças a isso que as pizzas têm as características bolhas de ar quando saem do forno.Um bom forno permite uma cozedura rápida e equilibrada entre os seus ingredientes, e da-lhe um requintado aroma de comida feita com fogo de lenha. Os ingredientes frescos e de qualidade são também muito importantes, principalmente o tomate e a mozzarella, que são a base do seu equilíbrio de sabores. Ainda por cima, cada pizzaiolo tem o seu segredo...
A dieta mediterrânica

O mediterrâneo é uma zona de mistura das culturas ibérica, celta, grega, romana, bárbara, e árabe. Todos contribuíram para estabelecer o actual repertório de pratos culinários. Sem esta mescla tão rica, seria difícil de existirem muitos dos pratos mediterrânicos que chegam ás nossas mesas. E seria difícil também de conseguir-se uma dieta tão equilibrada e saudável como esta, onde predominam os alimentos obtidos a partir de cultivos tradicionais desta zona geográfica; como o trigo, a oliveira e a videira.
As principais características destes alimentos são: o pão e a pasta, como principal fonte de hidratos de carbono; o azeite como principal fonte de gorduras; o vinho em quantidades moderadas durante as refeições; as hortaliças, as frutas, os frutos secos e as leguminosas trazem a esta dieta uma grande quantidade de fibra e antioxidantes; o peixe, as aves de capoeira, os laticínios e os ovos, como principal fonte de proteína e em menor escala, o consumo de carnes e gorduras animais.

As Pastas (massas)

A origem da pasta è discutível. Diz-se que foi Marco Polo que levou o conceito da pasta desde a Ásia até Itália. Mas algumas fontes asseguram que a sua origem remonta-se muito atrás, nas antigas civilizações, já que a sua elaboração é tão simples como esmagar vários cereais para depois juntar-lhes água e posteriormente cozê-los. Já na antiga Roma encontramos referências a pratos de pasta, mas o que é consensual, é que a associação entre pasta e tomate surge em Itália no século XVIII.
O nosso corpo necessita diariamente de proteínas, hidratos de carbono... e a pasta aporta em grande medida esta necessidade diária, que acompanhada de diversos molhos e os seus múltiplos ingredientes, tanto vegetais, como carnes e peixes, fazem desta um dos pratos mais completos.
 
Farinata
Conta uma lenda que numa batalha entre genoveses e pisanos (habitantes de Pisa), em 1284, os genoveses passaram por uma tempestade. Por acidente misturaram-se os mantimentos que tinham de azeite e grão de bico, ficando molhados pela água salgada. Os marinheiros tentaram recuperar parte dos mantimentos, que eram já escassos, mas o que ficou foi uma massa de grão e azeite que cozeu ao sol quando a tentaram secar. Ao chegar a terra os genoveses decidiram melhorar esta descoberta, cozendo o preparado num forno a lenha e em honra à batalha chamaram-lhe “ l’oro di Pisa” (o ouro de Pisa). Hoje em dia é um dos pratos populares que podem ser encontrados nas pizzerias italianas.



Basilico (Mangericão)
Il basilico (Ocimum basilicum) è una pianta erbacea annuale, appartenente alla famiglia delle Lamiaceae, normalmente coltivata come pianta aromatica. Per il suo caratteristico e marcato profumo, il basilico è utilizzato largamente nella cucina mediterranea e del Sud-est asiatico.
Il basilico è considerato una pianta dalle proprietà medicinali.
Il basilico è l'ingrediente base del pesto genovese, salsa tipica della cucina ligure, insieme ai pinoli e all'olio di oliva.
Come erba aromatica fresca si usa per le insalate, con pomodori maturi, le zucchine, l'aglio, i frutti di mare, il pesce (triglia), le uova strapazzate, il pollo, il coniglio, l'anatra, le insalate di riso, le zuppe, la pasta e per le salse (salsa di pomodoro, vinaigrette).
Gli antichi egizi e i greci lo utilizzavano per le offerte sacrificali, ritenendolo di buon auspicio per l'aldilà.
I Galli coltivavano il basilico a luglio/agosto finché in fiore. Chi raccoglieva questa pianta sacra doveva sottoporsi a rigidi rituali di purificazione: lavarsi la mano con cui si doveva raccogliere nell'acqua di tre sorgenti diverse, rivestirsi di abiti puliti, tenersi a distanza dalle persone impure e non utilizzare attrezzi in metallo per tagliare i fusti.
Noi, in maniera piu' umile, lo usiamo, appena raccolto dalla pianta, per le nostre pizze de insalate. Troviamo irresistibile la fragranza che emana appena colto, soprattutto abbinato al pomodoro ed alla mozzarella di bufala.

Alho

O alho é considerado um dos vegetais curativos mais importantes. É provavelmente o remédio natural com mais propriedades medicinais, demonstrado cientificamente: fluidifica o sangue, diminui o colesterol, é um diurético, expectorante, ajuda as vias respiratórias, é um excelente antibiótico e anti-séptico geral, depurador, estimulante das defesas melhorando a nossa resposta a vírus e bactérias e é ainda um bom antioxidante.
A sua origem remonta para a Ásia Central, mas os chineses e os egípcios já o utilizavam na mais remota antiguidade: alimentavam com alho os escravos que construíam as pirâmides porque acreditavam que o alho lhes dava energia. Também foi usado no processo de mumificação e como moeda.
Na Grécia e em Roma o alho foi considerado um potente afrodisíaco e na época medieval foi usado contra as bruxas, vampiros e maus espíritos. Foi também usado no tratamento contra a lepra. Na II guerra mundial era repartido aos soldados para que tivessem um remédio para tratar as feridas.
Ainda que aconselhem come-lo cru, porque cozido perde 90% das propriedades, há inúmeras maneiras de prepará-lo. Algumas pessoas não gostam de comer alho cru por causa do mau hálito que deixa. Mas não é o alho em si que dá mau cheiro, senão as toxinas que o nosso corpo elimina pelo efeito depurador do alho. O alho cru é muito apreciado e usado em receitas de saladas, pesto, entre outras, mas há também muitas receitas irresistíveis com alho refugado ou cozinhado de diferentes maneiras.
Verduras

As verduras e as hortaliças são fontes fundamentais de nutrientes para o nosso organismo e geralmente mantêm melhor as suas propriedades quando consumidas frescas e cruas.
O tomate, originário da América, é um dos frutos mais saborosos e com mais valores nutricionais. Pode ser preparado e conservado de várias maneiras. É rico em minerais como o potássio e o magnésio e contém um alto teor de vitaminas A, B (B1, B2 e B5) e C que faz dele um bom antioxidante.
A alface, como outras verduras de folha verde, contém muita água e minerais, tais como o ferro, o potássio, algum cálcio ainda vitamina A e C.
A rúcula, cujo sabor particular é o picante e o amargo, era já apreciada pelos antigos romanos. É  fonte de ferro, magnésio, potássio e vitamina C.
 O pepino, originário do sul da Ásia, é composto por 95% de água. Tem também vitamina E, enxofre, potássio, ferro e magnésio. É um excelente diurético e por ser bom para a pele é também usado na cosmética.
A curgete tem mais ou menos as mesmas propriedades que as demais abóboras. Com 95% de água, tem um alto teor de vitamina C e antioxidantes. A sua origem é discutida entre a América Central e o sul da Ásia.
A cenoura é uma raiz com muitas vitaminas e minerais, é diurética, rica em fósforo e com um alto teor de vitamina A, o que faz com que seja maravilhosa para a pele. Ainda que muito conhecida no mediterrâneo há centenas de anos, terá origem na Ásia menor.

Queijo

A lenda diz que um velho comerciante árabe pôs leite num recipiente feito de estomago de cordeiro e partiu para uma grande viagem pelo caloroso deserto. Quando quis beber, o leite tinha coagulado e fermentado... descobrindo assim o princípio da fabricação do queijo.
Os estudiosos acreditam que apareceu entre 8000 a.c. e 3000 a.c.. Provavelmente surgiu como uma maneira de conservar o leite, seguido da domesticação animal e o surgimento da sociedade pastoril. É a conserva ideal, pois dificilmente se estraga com o decorrer do tempo, já que ao secar-se melhora as suas qualidades. Foram encontrados murais egípcios (datados de 2300 a.c.) que ilustram a manufactura do queijo.
O leite era conservado em recipientes de pele, cerâmica porosa ou madeira, mas como era difícil manter-los limpos, fermentava com rapidez. Num principio confeccionava-se aplicando sal e pressão, quizás ao comprovar-se que os queijos feitos no estômago dos animais tinham uma melhor e mais sólida textura, optou-se pelo fermento animal. O seguinte passo foi o de extrair o soro da coalhada para elaborar alguns tipos de queijo fresco, sem coalho e de sabor forte e ácido.
O seu fabrico estendeu-se por toda a Europa e converteu-se numa empresa sofisticada já na época romana. Quando a influência de Roma decaiu, surgiram técnicas locais diferentes. Esta diversidade alcançou o seu cúspide a princípios da era industrial e desde então em certa medida o seu declínio devido à mecanização e fatores económicos.
Apesar de estar ligado à cultura moderna europeia e mediterrânea, o queijo era praticamente desconhecido nas culturas orientais, não foi inventado na América pré-colombina e tinha um uso bastante limitado na África subsariana, sendo popular e desenvolvido só na Europa, Médio Oriente e nas áreas fortemente influenciadas pela sua cultura. Mas com a expansão, primeiro do imperialismo europeu e depois da cultura euroamericana, pouco a pouco o queijo foi dado a conhecer e fez-se popular em todo o mundo.
A primeira fábrica de produção industrial de queijo abriu na Suíça em 1815, mas foi nos Estados Unidos onde a produção em grande escala começou realmente a ter êxito. Em 1851 quintas e produtoras de leite associadas, começaram a fabricar queijo em linha de montagem.
A finais do século, a ciência começou a produzir micróbios puros. As bactérias já não se obtinham através do meio ambiente ou reciclando outras já usadas, e o uso de micróbios puros estandardizou a produção, chegando ao que hoje em dia se denomina por queijo processado.